O Brasil Rural conversa nesta terça-feira (11) com Isabel Figueiredo, coordenadora do programa Paisagens Produtivas Ecos sociais do Cerrado e Caatinga, do Instituto Sociedade, População e Natureza. Ela fala sobre um dos assuntos discutidos na COP 24, que é a importância do bioma cerrado para o ecossistema.
Segundo a coordenadora, é relevante o papel das comunidades no bioma cerrado. Elas contribuem na preservação do ecossistem do bioma, que mantém estoques de carbono importantes para o equilíbrio do clima.
Do ponto de vista econômico, o meio de vida dessas comunidades, é diferente do sistema produtivo comum. Essas famílias geram renda produzindo grande diversidade de alimentos, sem substituir o cerrado pelo monocultivo e aliando à criação de animais, coletando frutos e plantas medicinais, como o pequi, babaçu, que são produtos que geram renda e mantêm muitas famílias no campo e preservando o bioma.
"O cerrado retém e ele mantém o estoque de carbono além do que a gente enxerga na paisagem. É muito importante o que ele tem no subsolo porque o cerrado tem raízes muito profundas. A biomassa que ele mantém no subsolo e também o carbono que ele mantém na matéria orgânica do solo, tem um papel importante. Quando a gente desmata o cerrado, a gente emite esses gases todos que estavam retidos no sobsolo”, explica a especialista.
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