O Brasil Rural conversou com Fernanda Schwantes, superintendente técnica adjunta da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), sobre o balanço de 2020 e as perspectivas para 2021 no agronegócio.
Confira a entrevista no player acima.
Produção agrícola
De acordo com a superintendente, de maneira geral, a produção no setor de agricultura e pecuária foi muito boa, com um crescimento de aproximadamente 17% de faturamento dentro da porteira, e do Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio de 9% para 2020.
Pandemia
Fernanda afirmou que, como os alimentos são bens essenciais, o impacto não foi o mesmo que o de outros setores econômicos.
A demanda internacional permaneceu aquecida, refletindo no aumento dos preços internacionais das commodities.
“E no mercado interno, um dos fatores que contribuiu para sustentar a demanda foi a criação do auxílio emergencial. No primeiro momento houve algum prejuízo, mas posteriormente a demanda voltou a níveis anteriores à pandemia”, explicou.
Câmbio
O câmbio desvalorizado também deu competitividade para os produtos brasileiros em 2020.
Já ao considerar a safra de 2021, se torna um grande desafio para o produtor rural, pelo impacto no custo da produção. A maior parte dos fertilizantes são importados, de acordo com Fernanda.
Inflação dos alimentos
O custo da produção acaba refletindo no preço dos produtos no mercado.
A demanda internacional aquecida, no caso da carne, também reflete no valor do alimento.
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