Estudo mostra potencial de combate ao vírus zika a partir da aplicação de nanoemulsão feita do óleo de copaíba, planta medicinal usada por indígenas da Amazônia. A pesquisa feita a partir de testes in vitro aponta para um efeito antiviral do óleo.
Para saber mais sobre a descoberta o Brasil Rural conversou com Marília de Freitas Calmon, pesquisadora do Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas da Unesp, campus de São José do Rio Preto. "A gente conseguiu ver que o óleo inibia o ciclo de replicação do zika vírus", conta Marília.
Segundo ela, o experimento é apenas a fase inicial de teste do óleo para tratamento da doença. "A próxima etapa seria estudos in vivo, feitos em camundongos."
O Brasil chegou a ter 250 mil casos suspeitos da doença em 2016. Transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo responsável pela disseminação da dengue, a doença pode causar uma síndrome congênita em bebês, com alterações visuais, auditivas e neuropsicomotoras. Em adultos pode levar a transtornos neurológicos, como a síndrome de Guillain-Barré.
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