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Economista analisa variações de mercado agropecuário em fevereiro

Argemiro Brum alerta que altos custos de produção podem afetar

O quadro Mercado e Cotações retorna ao programa Brasil Rural nesta terça-feira (23). O especialista em agronegócio, professor e economista da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (Ceema/Dace/Unijui), Argemiro Luís Brum, fez uma análise das mudanças do mercado agropecuário nos produtos de maior impacto econômico.

 

Ele explicou que o arroz está em plena colheita no Sul do Brasil. A expectativa é de uma safra menor, por causa das perdas e das intempéries. O Rio Grande do Sul, por exemplo, deixou de semear 4% da área esperada devido ao excesso de chuvas. As exportações de cereais caminham bem e são 11,1% maiores que as do ano anterior, mas não mantêm os preços em alta sozinhas.

 

Já o mercado do feijão, segundo ele, está bastante aquecido e com os preços em alta. Os produtores mais atentos ao mercado estão vendendo parceladamente sua produção para melhorar o aproveitamento. A oferta do feijão carioca está concentrada em Minas Gerais e em Goiás, fazendo com que o saco de 60 quilos de feijão de alta qualidade alcance 225 reais.

 

O mercado do milho confirma a tendência dos últimos meses do ano passado. Os preços estão em alta devido a uma oferta menor da safra de verão. Além disso, uma forte exportação de milho levou a vendas recordes entre 35 e 38 milhões de toneladas.

 

A situação do mercado da soja é estável e teve poucas mudanças desde novembro. A expectativa é de uma safra muito importante na América do Sul, apesar do clima ruim em alguns momentos.

 

A oferta do boi gordo está baixa e a indústria está pagando acima do preço de referência em muitas localidades brasileiras, o que leva a um aumento de preço em relação ao final do ano passado.

 

“A baixa oferta de boiadas em São Paulo e em algumas regiões do país também faz algumas indústrias frigoríficas comprarem os bovinos em outros estados pagando mais caro inclusive e essa oferta diminuta diminui o abate igualmente e, dessa maneira, o mercado permanece muito aquecido.” explica o economista.

 

Na suinocultura, os preços estão estáveis, mas os custos elevados acabam retirando a rentabilidade dos criadores. As exportações de janeiro tiveram um crescimento de 63% ajudando a manter a estabilidade.

 

A situação no mercado das aves já é mais complicada. Em uma semana os preços subiram quase 10% em Minas Gerais e 12% em São Paulo, mas continuam insuficientes para acompanhar os altos custos de produção.

 

O Brasil Rural é transmitido de segunda a sexta e aos domingos, às 6h, e sábado, às 7h, nas rádios Nacional de Brasília e Nacional da Amazônia.



Criado em 23/02/2016 - 14:30 e atualizado em 23/02/2016 - 11:31

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