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Mercado agropecuário apresenta mudanças no final de fevereiro

O economista Argemiro Brum analisa as variações de preço de alguns dos

No quadro Mercado e Cotações desta terça-feira (1º), do programa Brasil Rural, o especialista em agronegócio, professor e economista da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (Ceema/Dace/Unijui), Argemiro Luís Brum, faz uma análise da economia que move o segmento do agronegócio nacional e internacional, além de trazer as perspectivas para o mês de março.

 

Os preços do arroz continuaram em recuo no final de fevereiro. A pressão da colheita e os engenhos abastecidos são os dois principais motivos dessa realidade de preços mais baixos. O governo vem realizando leilões de venda arroz para segurar o preço para o consumidor final.

 

No mercado do feijão, a situação se mantém aquecida. O mercado está mais ativo e há uma maior procura dos empacotadores do feijão carioca, sempre valorizando os produtos de melhor qualidade. No Paraná, um grande estado produtor, a colheita vem sido atrapalhada por chuvas intensas. Os preços na primeira safra normalmente são mais elevados pois o volume de produção é muito concentrado na parte sul e sudeste, com áreas menores de plantio e problemas climáticos.

 

A colheita de milho no Rio Grande do Sul já está avançada e o mercado está aquecido em relação ao preço aos produtores, diferentemente do exterior. A bolsa de Chicago está fraca e caiu essa semana. O mercado fora do Brasil vem sofrendo uma grande pressão de oferta e uma dificuldade razoável de comercialização. A produção americana pode, ainda, aumentar sua área em relação ao ano passado, atingindo uma área de 36,3 milhões de hectares. Na Argentina, a safra de milho é 9% menor em área, diminuindo a pressão argentina no mercado internacional e provavelmente favorecendo as exportações brasileiras.

 

Já no mercado dos bovinos, a oferta é o principal fator responsável pelo aumento de preços nessa virada de mês, como destaca Argemiro Brum. “Os preços da arroba continuam muito altos, com suportes de alta, sobretudo, em função da chamada oferta ajustada, ou seja, a pouca oferta no mercado de boi gordo diante de uma demanda que se mantém”.

 

O mercado do suíno teve mais uma semana de altas nos preços. O mercado começa aos poucos a reagir. O motivo das elevações é a menor oferta em função do abate maior no início do ano em decorrência dos altos custos de produção. Agora, há uma menor oferta de animais. Outro fator são as exportações que estão em um bom ritmo.

 

Os preços do frango vivo também começaram a se recuperar, melhorando desde a virada de janeiro para fevereiro. Assim como o mercado do suíno, ele depende das exportações, já que o consumo interno está freado.

 

O Brasil Rural é transmitido de segunda a sexta e aos domingos, às 6h, e sábado, às 7h, nas rádios Nacional de Brasília e Nacional da Amazônia.



Criado em 01/03/2016 - 12:27 e atualizado em 01/03/2016 - 09:53

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