O Mar, inspiração para Debussy e para Joncières

O Concerto MEC desta quinta-feira destaca duas obras com a mesma inspiração, o mar. Ambas foram escritas em Paris.

A de Debussy, sem dúvida, a mais famosa, é La Mer, ou O Mar, Esboços Sinfônicos para Orquestra. A segunda, de outro compositor francês, o parisiense Victorin de Joncières, foi escrita em 1881, e chamava-se La Mer, ou O Mar, Ode Sinfônica.

Em 1905, estreava em Paris La Mer, obra ambiciosa, moderna e original de Claude Debussy. Escrita em apenas dois anos, de 1903 a 1905, La Mer não foi bem recebida pelo público  e pela crítica em sua estreia em Paris e recebeu pouco reconhecimento durante a vida do compositor, mas hoje, é frequentemente tocada em concerto.

Com suas mudanças de ritmo e andamento, e explosões dinâmicas repentinas, a obra é inovadora em suas ideias. La Mer é de natureza pictórica. Atraído pela arte e pela pintura desde jovem, Debussy costumava dizer aos amigos que teria gostado de ser pintor. Não era, mas mesmo sem nunca ter aprendido a mexer com as tintas, ele sabia muito bem usar as notas musicais. E embora nunca tenha se referido explicitamente assim, La Mer tem uma forte semelhança com uma sinfonia, com suas três divisões, que lembram muito os movimentos de uma obra sinfônica.

Já a Ode Sinfônica O Mar, de Victor de Joncières, foi escrita e estreada em Paris, em 1881 e apresentada várias vezes, durante as temporadas dos concertos Pasdeloup e Lamoureux de 1881 até 1896.  Na música de Joncières, o mar é interpretado pelo solista. Os demais personagens, como as ondinas e os pescadores, são representados pelos coros.  A obra de Joncières, inicia retratando a beleza pacífica do mar, mas em seguida, mostra o poder da natureza engolindo dramaticamente os pescadores.

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O Concerto MEC vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 12h, na MEC FM.