O programa desta sexta-feira (30) traça um perfil de Franz Liszt, nascido em 1811 em Doborján, então reino da Hungria, e falecido há 135 anos em Bayreuth, Alemanha, em 31 de julho de 1886.
Pianista virtuoso e compositor, Liszt escreveu poemas sinfônicos, dois concertos para piano, várias obras sacras para coro, e muitas peças para piano solo.
O desejo de Liszt era transcender os padrões clássicos, e talvez, por isso, o seu primeiro concerto para piano tenha dado tanto trabalho ao compositor para ficar pronto.
Liszt levou mais de vinte anos até terminar a obra: em 1830, ele criou os temas principais, em 1849, a versão inicial do concerto, e em 1855 Liszt finalmente estreou, em Weimar, como solista sob a regência de Hector Berlioz.
Mas, só em 1855, dois anos após a estreia, Liszt fez a versão definitiva do Concerto número 1, em mi bemol maior, para piano e orquestra. Obra que ouviremos com o pianista Claudio Arrau e a Orquestra de Filadélfia sob a regência de Eugene Ormandy.
Liszt escreveu as Rapsódias Húngaras originalmente para piano, baseadas em temas folclóricos húngaros, e mais tarde escreveu versões para orquestra, duos e trios de pianos.
Compostas em dois períodos, de 1846 a 1853, e de 1882 a 1885, as Rapsódias Húngaras de Liszt incorporam muitos temas que Liszt ouviu em sua Hungria natal, alguns folclóricos e outros que eram canções de autores húngaros, e frequentemente tocados por bandas ciganas.
Liszt chegou a preservar nas Rapsódias Húngaras os dois elementos principais de improvisação cigana: o lassan, lento, e o friska, veloz, além de ter usado muito a escala cigana húngara.
Liszt foi um dos representantes mais proeminentes da chamada Nova Escola Alemã, e deixou para trás uma extensa e diversificada obra.
O trabalho de Liszt influenciou seus contemporâneos voltados para o futuro, antecipando idéias e tendências do século vinte.
Entre as contribuições musicais de Liszt estão o poema sinfônico, desenvolvendo a transformação temática como parte de seus experimentos na forma musical, e inovações radicais na harmonia.
O poema sinfônico mais conhecido de Liszt é Os Preludios, o terceiro do ciclo de treze obras do compositor, e que estreou em 1854, em um concerto no Hoftheater em Weimar.
Encerramos esta homenagem a Liszt com o Noturno Sonho de Amor número 3, o mais conhecido do compositor.
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O Concerto MEC vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 12h05, na MEC FM.