Foi feita uma análise com 52 grupos de associações de pacientes, sociedades científicas e hospitais que tratam de pessoas com câncer, para analisar a política nacional de prevenção e controle do câncer e avaliar o que de fato estaria sendo implementado e as lacunas do ponto de vista do acessos dos pacientes. De acordo com a presidente da Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia, Merula Steagall, essa avaliação da política foi dividida em cinco eixos: promoção da prevenção, diagnóstico, tratamento, cuidados paliativos e gesttão.
Em cada capítulo foi analisada a situação atual, onde seria possível chegar para melhorar esse acesso e quais compromissos foram propostos para monitorar e as sugestões para o Ministério da Saúde, para melhorar os pontos apontados como lacunas. Então, essa declaração é de análise da política nacional de controle e prevenção do câncer e os compromissos da sociedade e algumas diretrizes para pequenos ajustes no sistema, para facilitar as pessoas com câncer a chegar ao tratamento.
A política nacional, enquanto teoria, está muito bem estruturada, mas na prática há muita dificuldade de acesso, porque dentro dessa política, há a indicação de que as pessoas devem começar o tratamento a partir de 60 dias após o diagnóstico. A médica diz que chegar ao diagnóstico às vezes demora cinco a sete meses. Então esse prazo deveria correr a partir do momento da identificação dos sintomas e não a partir do momento em que conseguiu o diagnóstico, que já foi bastante demorado.
Acompanhe a entrevista sobre o assunto ao Cotidiano, com o jornalista Alisson Machado, na Rádio Nacional de Brasília.