O luto não reconhecido vem de perdas como o de um filho prematuro, uma traição conjugal, aposentadoria, o desaparecimento de um parente, a perda de um animal de estimação... São experiências muitas vezes ignoradas ou desacreditadas pelo próprio enlutado ou pela comunidade e quando isto acontece, pode levar ao adoecimento. É preciso entender a reação de quem está passando por isto, ser empático e tentar se colocar no lugar dessa pessoa, porque viver isolado e ignorado torna o luto mais intenso e prolongado.
A psicóloga Gabriela Casellato, organizadora do livro "O Resgate da Empatia - Suporte Psicológico ao Luto não Reconhecido" diz que, ao longo de sua experiência, foi observando que muitas vezes as pessoas procuram ajuda, não necessariamente porque estão adoecidas, mas porque estão sozinhas nas suas perdas. Muitas dessas situações têm a ver com essa dor que não pode ser compartilhada, seja porque o próprio enlutado não a valoriza como algo significativo ou porque a própria sociedade não reconhece.
No livro, várias histórias ilustram situações de pessoas que sofrem por não aceitar o luto ou não por saber lidar com isto e apresenta soluções para cada caso abordado.
Confira a entrevista ao programa Cotidiano, com apresentação da jornalista Luiza Inez Vilela, na Rádio Nacional de Brasília.