A fertilização in vitro se dá quando se pega um óvulo e um espermatozóide, junta e aí se desenvolve um embrião, sendo colocado no útero da paciente. Ela é indicada para mulher com problema na trompa ou endometriose e para homens que tem baixa quantidade de espermatozoide. Hoje, é uma das técnicas mais utilizadas no mundo, para tratar casais com dificuldade para engravidar e mais de 6 milhões de pessoas já nasceram por meio deste método.
A primeira fertilização in vitro foi feita em 25 de julho de 1978. De 1978 até os dias de hoje, muito foi aperfeiçoado neste segmento, mas ainda existem dúvidas e questões éticas. Para esclarecer a questão, o programa Cotidiano conversou com o especialista em Reprodução Feminina e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, João Sabino da Cunha Filho.
Ele explica que a fertilização in vitro é diferente da inseminação artificial. A inseminação artificial ocorre quando se coloca o sêmen dentro do útero e ele vai sozinho pelas trompas. A inseminação é para casos mais simples, onde o homem tem espermatozoide em quantidade menor ou a mulher tem problema de ovulação. A inseminação não é indicada para qualquer tipo de dificuldade para engravidar.
O médico lembra que há uma discussão ética para pessoas interessadas em fertilização in vitro para prevenir doenças hereditárias. O estudo genético avançou muito nos últimos anos e é possível fazer esta técnica, mas não é recomendado nem do ponto de vista ético, nem do médico. Segundo ele, só deve ser feito para casais que têm problemas genéticos e indicação genética.
Saiba mais sobre o assunto nesta entrevista ao Cotidiano na Rádio Nacional de Brasília. Ouça a entrevista completa no player acima.
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