Mais de 147 milhões de eleitores vão às urnas neste domingo (5) para eleger prefeitos, vice-prefeitos e vereadores. Muitos, no entanto, ainda têm dificuldades para escolher os seus representantes. Para o sociólogo e cientista político da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Rodrigo Prando, é importante buscar informações e estudar bem os candidatos, os partidos e as coligações pelas quais concorrem, para dar mais qualidade ao voto e fortalecer a democracia.
"Hoje é a festa cívica da democracia. É o momento em que nós vamos até as urnas e digitamos as nossas escolhas. No entanto, a democracia é maior do que o simples dia da votação. Ela começa antes, com a escolha do candidato", alerta o cientista
De acordo com Prando, é preciso verificar se o candidato é ficha limpa."Se você não faz isso, você não dá qualidade ao seu voto. Depois não adianta reclamar que os políticos não nos representam ou que estão distantes e desconectados da realidade."
Ouça a entrevista completa com o cientista político Rodrigo Prando:
Segundo Prando, a pandemia explicitou as desigualdades estruturais e os problemas regionais existentes no Brasil. Nesta entrevista ao programa Revista Brasil Especial - Eleições 2020, ele destacou que o cidadão deve estar atento ao pós-eleição para acompanhar o desempenho dos seus candidatos e que o mesmo vale para os eleitos.
"O vereador, por exemplo, no legislativo municipal, é o representante direto do povo. Além de fazer as leis, ele tem a função de acompanhar, fiscalizar e pressionar o prefeito para que cumpra o programa de governo e as promessas feitas durante a campanha."
O cientista político defende que o voto seja obrigatório. "O voto é um direito que foi duramente conquistado ao longo dos anos, mas é também um dever. A vida em sociedade tem direitos e deveres que devemos cumprir. Um deles é escolher quem vai nos representar. Esse é um dever cívico. No voto está embutida uma responsabilidade enorme. O Brasil precisa de políticos e cidadãos participantes."
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