"O eleitor não está mais fazendo grandes apostas", analisa cientista político

Moradores da capital e de mais quatro municípios do Rio de Janeiro retornam às urnas neste domingo (29) para escolher prefeitos e vice-prefeitos no segundo turno das eleições de 2020. Estão aptos a votar cerca de 6,5 milhões de eleitores de São João de Meriti, São Gonçalo, Petrópolis, Campos dos Goytacases e do Rio de Janeiro. No país, 57 cidades terão segundo turno, das quais 18 são capitais. 

Para falar sobre essas eleições, o Manhã MEC recebeu Geraldo Tadeu Monteiro, cientista político e autor de livros como “Manual do candidato à eleição”, “O Brasil nas urnas: eleições municipais 2016”, “Estado, Democracia e direito no Brasil”, “Brasil e as eleições nacionais de 2018” e outros .

Na entrevista, o locutor Felipe Rangel conversou com Geraldo sobre o comportamento dos cidadãos frente às eleições - que ocorrem durante uma pandemia e, por conta disso, a abstenção no primeiro turno foi a maior registrada nos últimos 20 anos: "Nossa democracia ainda é jovem, já passou por muitas turbulências, [...] eu acho que a obrigatoriedade do voto cria a necessidade de pelo menos naquele período as pessoas refletirem e buscarem informação".

O estudioso também explica como fiscalizar os governantes eleitos: "Ele [o prefeito] é o gestor das questões de interesse local - o transporte urbano, mobilidade - então, o primeiro passo do eleitor é saber se ele pode cobrar determinadas coisas do prefeito [..] Hoje a internet nos dá acesso a muita informação. Nós temos o site de transparência dos governos municipais."

Ouça a entrevista completa no player acima.