Proteste pede ao Banco Central que reduza juros do cartão rotativo

A média de consumidores endividados é de 62%, segundo pesquisa da Confederação Nacional do Comércio (CNC). Em cima disso, a maior parte, ou 78,5%, está nesta situação por causa dos altíssimos juros no cartão de crédito rotativo que, em alguns casos, estão chegando aos 750% ao ano.

Por conta disso, a convidada na Entrevista de Valor desta sexta-feira (11) é a coordenadora institucional do Proteste – Associação de Consumidores, Maria Inês Dolci, que nesta semana esteve na sede do Banco Central, em Brasília, onde entregou as propostas de redução de juros.

Segundo a coordenadora, a Proteste, nessa reunião no Banco Central, entregou a proposta pelo lado dos consumidores no sentido de limitar a taxa de juros do rotativo do cartão de crédito até o dobro do Certificado de Depósito Interbancário (CDI), com revisão anual.

Se a proposta da Proteste fosse aceita pelo Banco Central, os juros em cima do cartão rotativo de crédito, aquele parcelado, baixaria para pouco mais de 20% ao ano. Segundo Maria Inês Dolci, isto seria  “o dobro do custo cobrado pelo empréstimo do dinheiro por parte do banco, ou seja, os bancos cobram apenas a CDI quando trocam dinheiro entre eles”.

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Numa conta rápida sobre a cobrança absurda de juros no rotativo, a coordenadora da Proteste dá o seguinte exemplo. A pessoa fatura mil reais no cartão de crédito. Paga 200 de entrada, que é o mínimo permitido. Daí, parcela os 800 reais que faltam. Resultado. Estes mil reais de crédito, um ano depois significam R$7 mil de dívida.

Para ouvir a entrevista por completo clique no player acima.

Outro assunto neste Em Conta são as declarações feitas em São Paulo pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, em que ele descarta risco de calote da dívida externa brasileira, segundo a repórter da Agência Brasil, Cátia Rodrigues.

Já o Trocando em Miúdo de hoje é sobre os chamados pagamentos ocultos, que são feitos sem passar pelos bancos. Ouça aqui.

O Em Conta– a Economia que você entende vai ao ar de segunda a sexta-feira, a partir de 12h40 na Rádio Nacional da Amazônia e de 10h40 na Rádio Nacional do Alto Solimões.

A produção é de Cleide de Oliveira. A edição e apresentação é de Eduardo Mamcasz.

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