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Médicos denunciam dificuldade de acesso a testes de Zika

E alerta para a situação de vulnerabilidade das mulheres grávidas e

Viva Maria com Saúde hoje (7) comemora duas grandes conquistas relacionadas às mulheres mães de bebês com microcefalia: a primeira tem a ver com uma nova lei que entrou em vigor semana passada - o direito à licença-maternidade de seis meses  para mulheres contratadas em regime CLT.

 

A segunda diz respeito a uma antiga reivindicação dos médicos infectologistas: desde ontem os testes para diagnosticar a infecção pelo vírus da zika passaram a ter cobertura obrigatória pelos planos de saúde, segundo resolução da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). A partir de agora, os planos devem assegurar os exames para gestantes, bebês de mães com diagnóstico de infecção pelo vírus, bem como aos recém-nascidos com malformação congênita associada ao Zika. Esses são os grupos considerados prioritários para detecção de Zika devido à sua associação com o risco de microcefalia.

 

Ainda de acordo com a resolução, três tipos de testes de Zika passam a fazer parte do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde no Âmbito da Saúde Suplementar: o teste de Zika por PCR, IgM e IgG. O teste PCR, ou de biologia molecular, consiste em multiplicar a quantidade de RNA do vírus na amostra coletada, ou seja, amplificar o material genético do vírus para que seja possível identificá-lo quimicamente. O teste molecular, apesar de ser preciso, é capaz de detectar a presença do vírus em um período muito curto de tempo: só até cinco dias depois do aparecimento dos sintomas. Já os testes IGM e IGG, ou testes sorológicos, são capazes de detectar anticorpos produzidos em resposta à infecção pelo vírus da Zika. O IgM (imunoglobulina M) detecta anticorpos produzidos na fase aguda da doença e o IgG (imunoglobulina G) detecta se houve infecção anterior pelo vírus.

 

Em entrevista a Débora Brito, repórter do programa Caminhos da Reportagem, da  TV Brasil,  o médico infectologista de Salvador, Bahia, Antônio Bandeira, responsável pelo diagnóstico dos primeiros casos de infecção pelo vírus Zika em Camaçari, região metropolitana da capital baiana, declarou-se ressentir da falta de gratuidade do  PCR, que é o exame capaz de detectar o vírus no sangue das pessoas. Assim como Bandeira, a doutora Tânia Lago, professora da faculdade de medicina da Santa Casa de São Paulo, também questiona a resposta que o Estado brasileiro tem dado à epidemia de ZiKa, e alerta para a situação de vulnerabilidade das mulheres grávidas e mães de crianças com microcefalia.



Criado em 07/07/2016 - 17:20 e atualizado em 07/07/2016 - 14:20

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