O Harmonia desta quinta-feira (10) destaca a obra do compositor alemão Carl Orff, nascido em 1895, em uma família de oficiais e acadêmicos de Munique. Sua mãe era uma pianista talentosa que lhe deu a instrução musical quando ele era criança.
Após anos experimentando várias possibilidades na carreira musical, Carl Orff tornou-se sócio da Escola Gunther de Munique, uma instituição de ensino que unia música, dança e ginástica. Essa abordagem ficou conhecida como Schulwerk, que influenciou a educação musical infantil na Alemanha.
Ao longo da sua vida, Carl Orff manteve sempre interesse pela educação musical, desenvolvendo o conceito de música elementar, uma síntese de música, linguagem e movimento.
A partir de 1927, Orff se estabeleceu como uma figura importante no cenário musical de Munique, fundando a Liga de Música Contemporânea, onde apresentava obras de Bartok, Hindemith, Schoenberg e Stravinsky.
A seguir, o Coro de abertura da obra que, sem dúvida, consagrou o nome de Carl Orff, a Cantata Carmina Burana, e logo após, As Canções sobre poemas de Franz Werfel.
A data de hoje, 10 de junho, também marca a estreia da Sinfonia para instrumentos de sopro, de Igor Stravinsky, escrita em homenagem ao amigo Claude Debussy, que ele conhecera logo após a estreia do balé O Pássaro de Fogo.
Os dois compositores admiravam se mutuamente e respeitavam cada um a linguagem musical do outro. Por isso, as Sinfonias para instrumentos de sopro, de Stravinsky, não lembram em nada a obra de Debussy.
Stravinsky reconheceu que, ao compor essa obra, pensou naquele a quem ele estava dedicando e se questionava que impressão a música causaria em Debussy.