O programa desta quarta-feira (17) homenageia o maestro e compositor Heitor Villa-Lobos, nascido no Rio de Janeiro em 1887 e falecido na mesma cidade em 17 de novembro de 1959.
Villa-Lobos possuía um temperamento inquieto e durante toda sua vida trabalhou por criar uma música identificada com o povo brasileiro.
Villa, como era chamado pelos amigos, viajou pelo Brasil em busca de elementos do folclore e do universo musical do país.
Por causa desse aprendizado incomum, Villa-Lobos afirmava que seu principal Livro de Harmonia era o próprio mapa do Brasil.
Uma boa parte da produção de Villa-Lobos para concertos com instrumentos solistas concentrou-se nos últimos anos da carreira, quando escreveu os cinco concertos para piano.
O último, o Concerto para Piano número 5, composto em 1954, estreou em Londres em 1955.
De 1930 a 1945, durante a fase de criação das Bachianas Brasileiras, Villa-Lobos procurou afinidades entre a cultura brasileira e a música de Johann Sebastian Bach.
Assim, na Bachiana Brasileira número 7, composta em 1942, Villa-Lobos escreveu para grande orquestra e um conjunto de instrumentos brasileiros de percussão.
Os títulos dos quatro movimentos da Bachiana número 7 se referem tanto à música barroca como ao ambiente nacional, sertanejo: Prelúdio, ou Ponteio; Giga, ou Quadrilha Caipira; Toccata ou Desafio; e o último, Fuga, ou Conversa.
A segunda esposa e viúva do compositor, Arminda Neves de Almeida, a Mindinha, como ficou conhecida, é quem cuidou da divulgação da obra de Villa-Lobos.
Uma obra importante do compositor das Bachianas é o Guia Prático, uma coletânea de 137 arranjos criados por Villa-Lobos, nos anos 1930, para canções da música folclórica brasileira.
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O Harmonia vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 20h, na MEC FM.