O programa desta segunda-feira (13) destaca a estreia de duas obras que aconeram na data de ontem, dia 12 de dezembro:
Em 1891, a estreia do Quinteto para Clarineta e Cordas, opus 115, de Brahms, e em 1920 do balé coreográfico La Valse, de Maurice Ravel.
Em 1891, Brahms ficou tão inspirado com o som do clarinete que ele tinha acabado de conhecer, que compôs quatro obras de câmara dedicadas a este instrumento: Um trio, duas sonatas e o quinteto para clarineta e cordas, opus 115, peça que iremos ouvir esta noite.
Na década de 1880, Brahms havia parado de compor, achando que havia esgotado todo seu potencial criativo, quando ouviu uma apresentação do clarinetista Richard Muhfeld.
Brahms acreditou estar diante do melhor instrumentista de sopro que já ouvira, e decidiu escrever para o clarinete.
O quinteto para clarinete e quarteto de cordas, que iremos ouvir, foi dedicado ao clarinetista Richard Muhfeld, ao violinista Joseph Joachim, antigo amigo e colaborador de Brahms e ao violoncelista Robert Hausmann.
Esta obra prima de Brahms foi escrita já no fim de sua carreira, e no auge de sua força criadora, e estreou em Berlim em 12 de dezembro de 1891.
O Poema Coreográfico La Valse foi concebido por seu autor, Maurice Ravel, como uma homenagem à valsa vienense de Johann Strauss Filho, em forma de apoteose.
O diretor dos Ballets Russes, Sergei Diaghilev, ao ouvir a versão para piano a quatro mãos, achou La Valse uma obra-prima, mas não para uma coreografia, como era o desejo de Ravel.
A estreia de La Valse, como um balé, teve que esperar nove anos até ser encenada pela bailarina russa Ida Rubinstein, a mesma a quem Ravel dedicou o seu famoso Bolero.
Como peça de concerto, La Valse estreou, em versão orquestral, nos Concertos Lamoureux, em Paris, em 12 de dezembro de 1920.
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