Líderes das principais etnias que vivem no Parque Indígena do Xingu, em Mato Grosso, denunciaram, nesta semana, ameaças à unidade de conservação. Eles entregaram ao ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, um documento em que mostram preocupação com a expansão do agronegócio nas áreas limítrofes do parque e com as ameaças aos direitos das populações indígenas, como a possibilidade de redução das terras.
De acordo com os indígenas, os principais rios que cortam o a unidade de conservação têm as nascentes fora dos limites da área protegida. E essas áreas estariam sendo desmatadas para o plantio de soja. Além disso, a construção de pequenas centrais hidrelétricas interfeririam na reprodução e manutenção de espécies de peixes.
Sarney Filho reafirmou ser contrário à redução das reservas e disse que rever limites de áreas indígenas, em especial daquelas já consolidadas, representaria um crime.
O ministro ressaltou a importância da manutenção de unidades de conservação e de reservas indígenas na Amazônia, para proteger populações tradicionais e para neutralizar os efeitos do aquecimento global.
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