Dos 14.800 presos custodiados pelo Sistema Penitenciário do Pará, pelo menos 1.800 estão trabalhando, dentro ou fora das unidades prisionais. O número corresponde a 20% da população carcerária do Estado.
Entre eles, está Elizeu Braga, de 25 anos, preso há 4 anos, por assalto a mão armada. Ele trabalha há quase um ano em uma copiadora e já fez vários cursos durante o período de detenção. Elizeu fala dos planos para o futuro.
“(Um dos) meus primeiros planos é conseguir um emprego na área administrativa, como técnico administrativo, e mais lá na frente, fazer o curso superior também”.
Quando se fala em detentos empregados, o Pará supera a média nacional. Em 2014, o Brasil tinha mais de 600 mil presos. Desse total, pouco mais de 100 mil, ou seja, 16% desse público, desenvolviam alguma atividade laboral no período.
Para o diretor de reinserção social Ivaldo Capeloni, investir em educação e políticas de emprego diminui a reincidência criminal.
“Um dos motivos que eu computo como o mais importante do indivíduo cometer um crime, é justamente a falta de oportunidade no mercado de trabalho. Ele sente a necessidade de ter, de manter, não só a si próprio como a família e sem qualificação ele não tem como conseguir sua inserção no mercado de trabalho pra ele, várias portas se fecham, mas uma das portas, que é a porta do crime, está sempre aberta”.
Além de trabalhar em atividades dentro do próprio presídio, como pedreiros ou pintores, muitos também conseguem vagas como aprendizes em órgãos públicos.
A cada três dias de trabalho, o preso diminui um dia na pena.
Também são destaques do Jornal da Amazônia 1ª Edição desta segunda-feira (20):
- Monitoramento aponta cerca de 40 pragas quarentenárias que podem ameaçar a agricultura brasileira;
- Em Boa Vista, a prefeitura anunciou novas regras para a fiscalização de terrenos vazios e o aumento da taxa de coleta de entulhos e galhos;
- E em Palmas, comércio aposta na venda de caixa e barras de chocolate para a Páscoa.