As crianças representam a metade do número total dos imigrantes refugiados de todo o mundo, segundo os últimos dados da Acnur, Agência da ONU para refugiados. Também são as mais vulneráveis no processo migratório e precisam da ajuda dos adultos para a adaptação.
No Brasil, é grande o número de pequenos imigrantes venezuelanos que chegam fugindo da crise político-econômica que afeta o país vizinho. Segundo o professor de relações internacionais, Gustavo Simões, da Universidade Federal de Roraima, ainda não é possível categorizar a migração venezuelana como majoritariamente familiar. Há famílias, mas há também homens solteiros e jovens casais. Porém, quando se fala da migração de indígenas venezuelanos, o que se vê são famílias inteiras. E as crianças representam uma parcela importante deste grupo.
No Centro de Referência ao Imigrante, no ginásio do bairro Pintolândia, só neste mês de junho, há 240 abrigados: 205 são indígenas warao e destes, 79 são crianças. Em Pacaraima, há outros tantos acampados ao lado da rodoviária, morando de favor ou ainda em casas alugadas.
Desde meados do ano passado, cerca de 30 mil venezuelanos ingressaram no Brasil por Roraima, segundo estimativa do governo estadual. Ao todo, de acordo com a Acnur, mais de 34 mil venezuelanos deixaram o país em 2016. Situação que, segundo especialistas, ainda está longe do fim.
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