Estudo recente comprova o aumento da violência no Maranhão. Só este ano, mais de 900 pessoas morreram de forma violenta na capital maranhense. O Ministério Público Estadual aponta a falta de policiamento como uma das causas do aumento da criminalidade.
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O levantamento, feito com base nas informações do Instituto Médico Legal (IML), contempla os quatro municípios da grande ilha – São Luís, Passo do Lumiar, São José de Ribamar e Raposa. De janeiro a outubro do ano passado, foram registradas 775 mortes violentas. Já nos primeiros meses deste ano, o número foi bem maior, totalizando 970. No estudo, foram considerados crimes violentos letais intencionais – homicídios, latrocínios (roubos seguidos de morte) e as lesões corporais graves.
O Bairro da Cidade Olímpica, em São Luís, é considerado um dos mais violentos, com o maior número de homicídios de toda a ilha. Segundo os relatórios da Secretaria de Segurança Pública do estado, desde 2013, foram mais de 80 casos.
De acordo com o promotor de Justiça que coordenou o estudo, José Cláudio Cabral Marques, o número reduzido de policiais é uma das causas do aumento da violência. A Polícia Militar (PM) conta com um efetivo de apenas 8,3 mil homens para todo o estado.
O levantamento realizado pelo Ministério Público diverge dos dados da Secretaria de Segurança, que aponta um total de 729 mortes, ou seja, 141 a menos. Ainda de acordo com o promotor, a secretaria divulga apenas os homicídios e não inclui outras ocorrências, como latrocínio, mortes praticadas por policiais em serviço e homicídios ocorridos dentro de penitenciárias. Só nas prisões de São Luís, foram mais de 20 mortes este ano.
Também são destaques do Jornal da Amazônia 1ª Edição desta sexta-feira (21):
- Pará lança sistema de combate ao desmatamento por grilagem de terras. Cerca de 200 áreas irregulares já foram identificadas por satélite e embargadas. Os terrenos medem aproximadamente 300 hectares e podem ter sido desmatados para prática de grilagem.
- A Polícia Federal deflagrou, nessa quinta-feira (20), a Operação Plateias para desarticular uma organização criminosa formada por lobistas e agentes públicos acusados de desvio de dinheiro público e direcionamento de licitações em Rondônia.
O Jornal da Amazônia 1ª Edição vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 07h45, na Rádio Nacional da Amazônia, e às 05h45 na Rádio Nacional do Alto Solimões.