Dia 12 de fevereiro de 2005 foi, sem dúvida, um dos mais marcantes na história do município de Anapu, no Sudoeste do Pará, dia em que a missionária norte-americana Dorothy Stang foi brutalmente assassinada.
Confira outras edições do Jornal da Amazônia 1ª Edição
A irmã Dorothy defendia a implantação de projetos de desenvolvimento sustentável na região, o que era contra os interesses dos fazendeiros locais. Mas a sua morte acabou se tornando um símbolo da luta pela terra e pelos direitos humanos, como comenta a irmã Maria de Jesus, que integra a Congregação das Irmãs de Notre Dame, a mesma da qual Dorothy fazia parte.
“A gente vê que está frutificando. O povo está cada vez mais fortalecido, buscando os seus direitos, conhecendo os seus direitos e lutando pelos seus direitos”.
A irmã Maria de Jesus também pontua que o dia 12 de fevereiro é dedicado a celebrar não a morte, e sim o legado que a norte-americana deixou para a região. “A gente celebra essa semente que ela lançou lá no município de Anapu, junto com o povo”.
A programação promovida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) pelo Comitê Dorothy Stang e pelas irmãs de Notre Dame vai ser realizado ao longo de todo o ano e conta com missas, romaria na floresta e o 1º Fórum Dorothy Stang, que vai acontecer em junho.
No dia do 10º aniversário de morte será realizado, em Belém (PA), um ato público na Praça Mártires de Abril, em São Brás, a partir das 19 horas. Luísa Morais, membro do Comitê Dorothy Stang, falou sobre a importância do evento.
“Nesta celebração, a gente vai estar trabalhando na dimensão da espiritualidade, na dimensão também política, a mística dos mártires da terra, a partir da memória da Dorothy”.
Confira, ainda, no Jornal da Amazônia 1ª Edição desta quinta-feira (12):
- No Acre, mulheres beneficiadas pelo programa Bolsa Família recebem incentivos para cultivar hortas.
- A Secretaria do Patrimônio da União (SPU) revogou, na última semana, portaria que havia destinado área declarada da União à regularização fundiária e reconhecimento de território de comunidades tradicionais. O Ministério Público questiona a decisão.
O Jornal da Amazônia 1ª Edição é uma produção do Radiojornalismo EBC e vai ao ar de segunda a sexta, às 7h45, na Rádio Nacional da Amazônia, e às 5h45, na Rádio Nacional do Alto Solimões.