O presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM), desembargador Yedo Simões, julgou improcedente, nessa quarta-feira, a ação que pedia a cassação do governador do estado, José Melo (Pros), e do vice, Henrique Oliveira (SD), por abuso de poder econômico e político, nas eleições de 2014.
O magistrado deu o chamado “Voto de Minerva”, já que houve empate de 3 a 3 durante o julgamento. O pleno do TRE analisou oito condutas ilegais apontadas pela acusação.
Uma delas foi destacada pelo presidente do TRE-AM, durante o anúncio do seu voto, que seria o desvio de um milhão de reais para a contratação de uma empresa para cooptar votos. Ele chegou a afirmar que o ato é ilegal, porém os 77 mil reais recolhidos, durante a investigação, não seriam suficientes para comprometer o resultado do pleito.
O advogado Daniel Jacob Nogueira, que representa a coligação adversária Renovação e Experiência, responsável pela ação contra os dois políticos, disse que vai recorrer da decisão. Já o advogado do governador, Yuri Dantas, considerou satisfatório o resultado e rebateu possíveis críticas à duração do julgamento, cerca de quatro meses.
O julgamento começou em junho e foi adiado diversas vezes, por pedidos de vista ou ausência de magistrados. É o segundo processo analisado pelo TRE amazonense contra José Melo e Henrique Oliveira.
No primeiro, ocorrido em janeiro, eles tiveram os mandatos cassados por compra de votos. O governador e o vice recorreram ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e permanecem no cargo até decisão final.
Também são destaques do Jornal da Amazônia 1ª Edição desta quinta-feira (27): Mato Grosso lidera ranking de poluição agropecuária no país; Pesquisadores brasileiros monitoram praga que pode causar danos para os cultivos nacionais.
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