Pesquisadores acompanham a evolução no Brasil de uma planta daninha que já causou prejuízos em lavouras nos Estados Unidos. A Amaranthus palmer foi identificada, pela primeira vez no país, em 2015, em seis propriedades nas regiões de Ipiranga do Norte e Tapurah, no médio-norte mato-grossense.
A planta exótica é extremamente agressiva. De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Amaranthus palmer tem potencial de reduzir a produtividade de lavouras de soja, milho e algodão em até 90%. A pesquisadora da Embrapa, Fernanda Ikeda, explica que a planta não se dissemina com o vento, apenas com o transporte de semente, por meio de aves e pelo maquinário.
De acordo com a pesquisadora, "essa planta vem sendo disseminada principalmente pelo maquinário. Eles acreditam inclusive que essas sementes tenham vindo de colheitadeiras compradas do exterior, que estavam usadas." A Embrapa, o Ministério da Agricultura, o Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea), além de universidades, têm atuado para conter a praga.
As fazendas da região devem adotar procedimentos para evitar a disseminação para outras áreas. A saída de máquinas agrícolas dessas propriedades deve ser feita mediante uma limpeza criteriosa e com acompanhamento da fiscalização agropecuária. Fiscais também monitoram possível aparecimento de novos focos da planta.
Também são destaques do Jornal da Amazônia 1ª Edição desta segunda-feira (12): Dnit inicia esta semana trabalhos de recuperação da BR-364, no Acre; síndrome do choque da dengue é pouco conhecida, mas pode ser mais perigosa que o caso hemorrágico da doença.
O Jornal da Amazônia 1ª Edição vai ao ar, de segunda a sexta-feira, às 7h45, na Rádio Nacional da Amazônia, uma emissora da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
Plantas daninhas criam resistência à herbicidas