Os rodoviários de duas empresas descumpriram uma determinação da justiça e deixaram os ônibus na garagem nesta manhã. Uma liminar expedida ontem à noite, pelo Tribunal de Justiça do Amazonas, determinava que 100% dos ônibus circulassem, nesta segunda- feira (11), em Manaus.
De acordo com o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram), 70 mil pessoas das Zonas Norte, Oeste e Centro-Oeste da cidade estão sem transporte.
A paralisação, desta segunda- feira (11), foi marcada na última semana. O Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviários da capital cobra o reajuste salarial de 8% definido no dia 30 de junho pelo Tribunal Regional do Trabalho após dissídio coletivo.
Na sexta-feira (8), a Justiça do Trabalho já havia determinado que apenas 30% dos ônibus aderissem a paralisação e os outros 70% circulassem no horário de pico. Mas, para impedir a greve parcial, a Defensoria Pública do Estado entrou com um pedido de tutela de urgência no Tribunal de Justiça, que acatou a solicitação.
O Sinetram informou que não tem condições de pagar o reajuste, porque há três anos trabalha com a tarifa defasada, atualmente no valor de R$ 3. O sindicato briga na justiça com a Prefeitura de Manaus para que haja um aumento de 12,37% no valor da passagem. O prefeito Arthur Virgílio Neto já declarou em diversas ocasiões que não vai permitir reajuste na tarifa de ônibus.
A reportagem não conseguiu contato com o Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários.
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