Instituições indígenas vão realizar hoje às seis horas da tarde na Praça do Compromisso, em Brasília, um ato inter-religioso aberto ao público, em memória aos 20 anos da morte do índio Galdino. A mobilização chama atenção para a cultura do ódio e a intolerância contra os povos indígenas, além do racismo e discriminação.
O líder indígena da etnia Pataxó hã -hã -hãe foi queimado vivo na madrugada do dia 20 de abril de 1997. Enquanto Galdino dormia em uma parada de ônibus, cinco jovens de classe média alta, entre 17 e 19 anos, atearam fogo após jogarem gasolina no líder indígena. Com queimaduras em 95% do corpo, Galdino não resistiu e morreu. Nenhum dos envolvidos foi punido pelo crime.
O coordenador executivo da Articulação dos povos indígenas do Brasil, Dinamã Afé Jurum Tuchá, diz que os índios ainda hoje sofrem atos de agressão. Durante o ato religioso haverá dança ritual em homenagem a Galdino, declamação de poesias, testemunhos e reflexões sobre o ódio enfrentado pelos indígenas brasileiros.
A Praça do Compromisso fica localizada entre as quadras 703 e 704 da Asa Sul.
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