STF retira sigilo de delação da Andrade Gutierrez

O Supremo Tribunal Federal retirou o sigilo da delação do funcionário da Andrade Gutierrez, Rodrigo Ferreira Lopes da Silva. As informações revelam mais detalhes do esquema de corrupção envolvendo os ex-governadores do Distrito Federal José Roberto Arruda, Agnelo Queiroz, Rogério Rosso e o ex-vice governador Tadeu Felippelli.

Segundo as delações, José Roberto Arruda, em 2006, quando era governador do DF, solicitou 500 mil reais em troca de obras que seriam realizadas em seu mandato, como o Estádio Mané Garrincha, a expansão do metrô, obras do BRT, VLT, entre outras.

Sobre a reconstrução do Estádio Mané Garrincha, Arruda, que realizou a licitação da obra, teria pedido 5% de propina, mas teria recebido 2 milhões da empreiteira para custear seus advogados de defesa para as eleições de 2014.

Já Rogério Rosso, teria recebido 500 mil reais após deixar o governo pelo andamento da Obra. Agnelo e Filippelli também teriam pedido até 3% de propina para a obra do estádio.

Já em relação ao BRT do Gama, Agnelo Queiroz e Tadeu Filippelli teriam recebido 1 milhão de reais, em forma de doação eleitoral, além de pagamento de 2% do valor da obra para o PT e PMDB, que somou 8 milhões de reais pagos pela Andrade Gutierrez.

A delação ainda indica que houve direcionamento em licitações para obras no DF que favoreciam a Andrade Gutierrez, além de organização de cartel por parte das empreiteiras em obras públicas.

Em nota, Rogério Rosso disse estar “consternado e indignado com as mentiras, citações caluniosas e ofensivas” sobre seu envolvimento nas obras do Mané Garrincha. A defesa de Agnelo Queiroz disse que ele irá se manifestar sobre as denúncias ainda hoje, por nota ou coletiva de imprensa. A defesa de Arruda disse que não irá se manisfestar. A reportagem não conseguiu contato com o advogado Filippelli.

Confira outros destaques do Jornal da Cidade - 2ª edição desta quarta-feira (31):

- Agnelo Queiroz consegue habeas corpus e é solto

- Com foco no Dia dos Namorados, Defesa Civil fiscaliza moteis do DF

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