A Amazônia se despediu nesta quinta-feira (18) do Rei do Beiradão, o saxofonista Teixeira de Manaus. O músico morreu aos 79 anos na capital amazonense, em decorrência de um câncer na hipófise.
Rudeimar Soares Teixeira nasceu na Costa do Catalão, comunidade próxima ao encontro do rios Negro e Solimões; na década de 1960, mudou-se para Manaus, onde construiu sua trajetória e ajudou a criar o beiradão. O estilo musical é uma fusão de vários ritmos, e a obra de Teixeira de Manaus é a que melhor simboliza a alma dos manauaras.
Nesta edição especial do Mosaico, você confere trechos do show de despedida na 7ª edição do Festival Amazonas Jazz, no Teatro Amazonas. A apresentação ocorreu dia 27 de julho de 2012, e foi gravada com exclusividade pela Rádio Nacional.
O programa traz ainda o depoimento de Pinduca, o Rei do Carimbó – que produziu o primeiro LP de Teixeira em 1981, "Lambada para dançar", pela gravadora Copacabana; a cantora Márcia Novo, representante da nova geração de artistas do Amazonas, traz um relato de suas memórias afetivas e conta como as músicas de Teixeira faziam parte das vivências em família no interior do estado.
E ainda conversamos com o pesquisador e professor de História da Música da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Bernardo Mesquita, que destaca a importância de Teixeira de Manaus na indústria fonográfica local e nacional nos anos 1980. Bernardo é autor do livro Das Beiradas ao Beiradão: a música dos trabalhadores migrantes no Amazonas.