Termina neste sábado, em Belém (PA) o 1º Encontro de Abridores de Letras do Pará - mestres na arte de decorar com suas letras coloridas e vibrantes as embarcações e comunidades da Amazônia. O evento marca a programação de lançamento do Instituto Letras que Flutuam (ILQF), o primeiro voltado à cultura ribeirinha no Brasil.
Com o objetivo de fortalecer os saberes desses artistas populares, a iniciativa é resultado de 15 anos de pesquisa, documentação, divulgação e geração de renda, junto aos abridores de letras no Pará. Fernanda Martins, idealizadora e diretora do Instituto, destaca que a cultura visual, e dentro dela a representação gráfica, tem tanta importância para a Amazônia quanto a música, a dança, a comida, pois reflete saberes que são exclusivamente locais.
É a linguagem comum aos ribeirinhos, comunidades amazônicas que traduzem nos seus modos de fazer a verdade do povo amazônico.
O 1º Encontro de Abridores de Letras do Pará acontece no Centro Cultural Bienal das Amazônias, com debates e oficinas voltadas para alunos de escolas públicas da capital paraense, além da exibição do documentário “Marajó das Letras”.