O Nacional Jovem desta terça-feira (18) fala sobre uma campanha que pretende combater o assédio contra foliãs no carnaval usando, como ferramenta, tatuagens homônimas. Criada em 2017, a 'Não é não' estreia este ano no Amazonas. Para falar mais sobre essa iniciativa, Ediléia Martins conversou com a embaixadora em Manaus e integrante do Coletivo Feminista Humaniza e do Coletivo Miga Sua Lôka Cultura e Diversidade, Marília Freire.
"A gente espera que com essas pequenas ações, o público em geral e as mulheres principalmente consigam entender que têm esse poder de dizer não e que, esse não que a gente diz, tem que ser respeitado por todas as pessoas. A campanha acontece simultaneamente em vários estados do Brasil. Existe um coletivo composto por 16 embaixadoras e a gente parte de um financiamento coletivo para concretizar a produção dessas tatuagens temporárias 'Não é não'", explica ela.
Segundo Marília, o corpo da mulher ainda é muito sexualizado e visado, tanto nas propagandas, como na publicidade. E no carnaval, muitas pessoas tem a impressão de que é um período em que se pode fazer tudo com qualquer pessoa. Mas não é bem assim. Então, com essa tatuagem, você já tem um sinalizador antecipado de que você tem os seus limites e acaba funcionando como uma forma de rede entre as mulheres.
E como diferenciar quando um flerte ou uma paquera passa dos limites? Para ela, tudo que vem depois do não é assédio. É não pegar no cabelo se a mulher não quer, não gosta. E isso não acontece só no carnaval. Na entrevista, a embaixadora comenta também que há alguns homens que olham para a elas de forma mais simpática. Alguns querendo até receber a tatuagem, ter a aplicação na pele.
Acompanhe a entrevista completa no player:
O programa Nacional Jovem vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 16h, na Rádio Nacional da Amazônia, e às 15h, na Rádio Nacional do Alto Solimões.