O Nacional Jovem desta segunda-feira (2) fala sobre o trabalho de uma ONG que leva luz a comunidades sem energia elétrica, algo ainda muito comum no país, infelizmente. Fundada em 2014, o projeto ‘Litro de Luz’ já levou luz a 13 mil brasileiros usando PVC e garrafas PET. Quem explica melhor essa tecnologia é a Diretora de Marketing da organização, Pamela Lopes.
A ação é desenvolvida com lampeões em comunidades que vivem totalmente no escuro, como acontece muito na região Norte. E postes para comunidades urbanas sem iluminação pública. Segundo ela, "em grandes cidades como RJ e SP é muito comum as pessoas terem energia dentro de casa mas não terem na rua. Os postes são feitos de bateria, controlador, a garrafa PET e a placa solar. São soluções simples pois a ideia é que o morador construa e cuide daquilo. Essa é a grande sacada do projeto, o empoderamento dos moradores", conta Pamela, que é também voluntária no projeto há 3 anos e meio.
"O Litro de Luz surgiu da inspiração do brasileiro Alfredo Moser. Em 2002 tivemos a época dos apagões então era preciso economizar energia. Aí ele inventou a luz engarrafada, que é fazer um buraco no teto, colocar água pela garrafa, e aquela água refletir a luz para dentro de casa durante o dia", conta Pamela. "A ideia se espalhou em Uberlândia e todo mundo começou a fazer isso para economizar energia. Em 2011, um filipino viu isso e pegou para o país dele." A ideia, relata, viajou o mundo para voltar de novo para o país:
"Em 2014, três estudantes brasileiros conheceram essa tecnologia, que saiu do Brasil e foi para as Filipinas e África, e trouxeram de volta para o Brasil", esclarece.
De acordo com Pamela, eles fazem um mapeamento de comunidades sem energia elétrica, em todo o Brasil, e fazem uma seleção das que estão mais aptas a receberem os serviços. Na entrevista, ela destaca também o trabalho dos parceiros que ajudam muito nessa logística até as comunidades e o contato com os embaixadores, eleitos em cada comunidade.
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O programa Nacional Jovem vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 16h, na Rádio Nacional da Amazônia, e às 15h, na Rádio Nacional do Alto Solimões.