No Brasil, o Dia Nacional de Combate ao Bullying, celebrado em 7 de abril, chama atenção para um problema urgente e ainda pouco enfrentado nas escolas: o bullying homofóbico. Essa forma de violência, direcionada a estudantes LGBTQIA+ tem efeitos devastadores sobre a saúde mental, o desempenho acadêmico e o sentimento de pertencimento de crianças e adolescentes.
Para entender melhor o tema e discutir soluções possíveis, entrevistamos Emerson, pesquisador que integra um estudo apoiado pela FAPESP, dedicado a investigar e propor caminhos para enfrentar o bullying homofóbico no ambiente escolar.
A pesquisa aponta que a masculinidade tóxica — ou seja, o modelo social que cobra dos meninos posturas agressivas, negação das emoções e a rejeição da diferença — também contribui para perpetuar o bullying. Emerson comenta, inclusive, a série Adolescência, da Netflix, como um retrato sensível dessa realidade: “A pressão para provar que se é ‘homem de verdade’ leva muitos adolescentes a agir com violência, inclusive contra si mesmos.”
Entre as estratégias mais eficazes, o estudo destaca a promoção de espaços seguros de escuta, a inserção do tema nos projetos pedagógicos e o fortalecimento de políticas de diversidade. A entrevista completa traz reflexões importantes para pais, educadores, gestores e estudantes que acreditam em uma escola mais inclusiva, segura e respeitosa para todos.
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