Em tempos de coronavírus e isolamento, nada como ficar em casa e botar a leitura em dia. Não é? Sobre esta deliciosa opção, o Nacional Jovem desta terça-feira (17) conversa com uma das coordenadoras do projeto 'Leia Mulheres' no Acre, Jamilla Figueiredo. A iniciativa, já existente em mais de 120 cidades e até em outros países, procura debater e incentivar a literatura feminina, através de grupos no WhatsApp e redes sociais. Além, é claro, de encontros presenciais que ocorrem mensalmente no estado.
Criado em São Paulo, em 2015, o grupo de leitura chega para quebrar o esteriótipo de que mulheres escrevem só romances ou autoajuda. Segundo Jamilla, "o 'Leia Mulheres' é um grupo nacional, ele não é uma ideia nossa aqui do Acre. O grupo nacional surgiu em 2015 quando três amigas decidiram espalhar a hashtag de uma autora inglesa sobre autoras femininas. Por que não se lia mulheres? E hoje nós temos mais de 120 núcleos, até em países como Portugal. No Acre, nós começamos a atividade no final de 2019. Somos um dos grupos mais novos. Outra coisa importante de se dizer é que permitimos a entrada de homens também", esclarece Jamilla, que lê muito desde a infância.
Na entrevista a Ediléia Martins, Jamilla comenta ainda que em média 35 pessoas debatem a obra escolhida. Por enquanto, em virtude da pandemia declarada pela OMS, as reuniões presenciais estão canceladas.
Quer dicas de autoras? Jamilla cita Jane Austen, Chimamanda Adichie, entre outras. E cita, inclusive, a obra de Mary Shelley 'Frankestein'. Na época, as primeiras versões eram assinadas pelo marido, que era poeta. E em vida mesmo ele achava errado.
Acompanhe a entrevista completa no player:
O programa Nacional Jovem vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 16h, na Rádio Nacional da Amazônia, e às 15h, na Rádio Nacional do Alto Solimões.