Historiador Luiz Ataíde (foto) relembra a história da radiodifusão no Alto Solimões em conversa com Alessandro Laranhaga no programa Recados.
Luiz recorda que no período colonial a comunicação era realizado apenas por via fluvial. "Essa viagem demorava em torno de quatro meses, então as comunicações eram muito precárias". O telégrafo, por sua vez, só surgiu na região por volta de 1932, por conta do conflito entre Peru e Colômbia. "Sempre nos ressentimos por não ter informações do governo do nosso país, éramos completamente abandonados", relata.
![Luiz Ataíde, historiador em Tabatinga/Foto: Alessandro Laranhaga/Nacional do Alto Solimões Luiz Ataíde, historiador em Tabatinga](https://imagens.ebc.com.br/3s5d8I2lvxsU6KKfaQK5BcR7to8=/365x0/smart/https://radios.ebc.com.br/sites/default/files/thumbnails/image/luiz-ataide-recados-16-02-2022.jpeg)
Até o início dos anos 70, revela o historiador, o Alto Solimões só tinha acesso ao sinal de rádios estrangeiras. "Por exemplo, Cuba, em 1959, instalou uma potente rádio, onde tocava muitos boleros", conta. "Mas praticamente ninguém tinha rádio, porque o primeiro rádio surgiu em Tabatinga em 1958."
Com muita dificuldade, recorda, era possível sintonizar a Rádio Rio Mar ou a Rádio Baré, de Manaus. "Nós muitas vezes ficávamos atentos para algum aviso que viesse para Alto Solimões", relembra Luiz.
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