As sementes crioulas são cultivadas pelo produtor, geralmente agricultores e produtores da agricultura familiar. Elas são multiplicadas pelos produtores em suas propriedades, sem aquisição comercial e não têm uma origem definida do ponto de vista científico. Muitas vezes essas sementes estão entre povos tradicionais, indígenas e quilombolas, em nichos de agricultura familiar. Sobre o assunto, o Brasil Rural conversou com o professor do curso de Agronomia da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária da Universidade de Brasília, Marcelo Fagioli.
“É uma semente sem um trabalho genético de melhoramento mais aprofundado. São sementes que vem de gerações em gerações sendo plantadas justamente para atender determinadas situações. É um milho especifico, que vai alimentar os animais daquela propriedade ou daquela comunidade inteira, por exemplo”, explica o professor.
De acordo com Marcelo Fagioli, por serem pouco modificadas, quase selvagens, as sementes crioulas têm genes que podem colaborar com a sua própria duração e resistência. No entanto, explica ainda que os genes interessantes, como os de resistência à praga, à doenças e à seca, também podem ser transferidos e utilizados nas cultivares modernas e comerciais.
A entrevista na íntegra com o professor Marcelo Fagioli você ouve no player acima.
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