O Brasil Rural desta sexta-feira (28) entrevistou Leonardo Lanna, fundador do Projeto Mantis e explorador da National Geographic. Leonardo trabalha com pesquisa, conservação e documentação de florestas tropicais e tem o louva-a-deus como símbolo e animal de estudo. "A palavra mantis, que significa oráculo, profeta, foi herdada para os nomes científicos do louva-a-deus. O grupo científico se chama Mantodea", explicou.
O projeto começou em 2015, quando Leonardo se apaixonou pelo inseto louva-a-deus, até então pouco estudado no Brasil. "É um inseto muito carismático. Ele tem olhos grandes, olha pra você. E é muito curioso", descreveu. A equipe, composta por dois biólogos e um diretor de arte, faz expedições pela Mata Atlântica e cataloga fotografias e vídeos, divulgando esse material para a sociedade.
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Outra questão tratada na entrevista foi sobre a veracidade de que a fêmea louva-adeus devora o macho depois do acasalamento. Segundo o biólogo, este é um comportamento que existe em algumas espécies de áreas frias. Elas devoram o macho para poder ter força para colocar os ovos antes do inverno chegar. "Aqui no Brasil a gente não tem isso. A gente tem um clima tropical, então, na verdade, o objetivo do macho é buscar o máximo de fêmeas possível."
Leonardo esclareceu que existem no Brasil 250 espécies de louva-a-deus, mas que existem cálculos de pelo menos 750, então ainda tem muito o que pesquisar.
" O avanço da sociedade vem a partir da ciência", destacou.
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