O Brasil comemora os 60 anos da bossa nova em 2018, mas cabe a pergunta: qual delas? Havia a dos cantores, como João Gilberto e Sylvinha Telles, todos cultores de um canto de voz curta, intimista e elegante. E havia a bossa nova de alta voltagem rítmica dos conjuntos instrumentais. Esses grupos, em geral trios, tinham forte influência do jazz.
Se a bossa cantada costumava ganhar o rótulo de cool, eles eram chamados de hard bossa nova ou samba jazz. Faziam barulho. Eram grupos de vanguarda e quase todos passaram pelas diminutas boates do Beco das Garrafas, em Copacabana. Neste programa, roteirizado e apresentado por Joaquim Ferreira dos Santos, estão algumas estrelas do movimento, como Sergio Mendes, Dom Salvador, J. T. Meirelles, Eumir Deodato, Milton Banana e outros. Há também depoimentos exclusivos de componentes desses trios, como Ronnie Mesquita (Bossa Três), Sergio Barrozo (Rio 65 Trio) e Osmar Milito (Bossa Rio).
Repertório
- Surfboard (Antonio Carlos Jobim) - Roberto Menescal e seu conjunto
- Miscelania (Dom Salvador) – Dom Salvador Trio
- Ela é carioca (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes) - Sergio Mendes e o Bossa Rio
- Batida diferente (Maurício Einhorn e Durval Ferreira) - Tamba Trio
- Deve ser bonito (João Mello e Lenora) - Rio 65 Trio
- Feitinha pro poeta (Baden Powell e Lula Freire) - Jongo Trio
- Balanço Zona Sul (Tito Madi) - Zimbo Trio
- Onde anda o meu amor? (Orlandivo e Roberto Jorge) - Bossa Três
- Menina certinha (Durval Ferreira e Lula Freire) - Os Catedráticos
- Pinta lá (J. T Meirelles) - J. T. Meirelles e o Copa 5
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