O Festival da Cultura e Música Indígena do Eware (FIE) terminou neste sábado (9) após cinco dias de debates, eventos e apresentações musicais organizadas em volta do tema: "O Grito pela Ecologia".
O programa Recados acompanhou o evento e reuniu uma série de depoimentos de participantes do evento. Ouça alguns deles:
A responsável pelo bairro de Francisco da comunidade indígena de Belém do Solimões, Adelina Fidelis, explica que a apresentação cultural do seu grupo trouxe para a árena a simbologia de vários pássaros da região do Alto Solimões. A equipe foi contemplada com o terceiro lugar na disputa musical.
Já o representante da comunidade de Umariaçu 1 de Tabatinga conquistou o o segundo lugar na competição. Itamar Neco, responsável pelos 63 participantes, conta que o grupo entrou na arena representando a mãe natureza e sua agonia frente à poluição dos rios amazônicos. O grupo chega ao quarto ano de participação no festival.
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Por sua vez, o integrante da Pastoral Social Ecológica, padre Carlos Silva, aproveitou o evento para falar dar algumas dicas sobre os cuidados que devemos ter com a floresta.
O Frei Paolo Braghini, fundador do festival, agradeceu aos participantes que, desta vez, foi organizada pela Associação de Desenvolvimento Artístico e Cultural da Aldeia Indígena de Belém do Solimões (Adacaibs)
e pela Associação de Mulheres Indígenas (Mapana).
Para Bibiana Mendes, ouvinte da Rádio Nacional e integrante da comunidade de Ourique, o evento chama atenção para os cuidados que devemos ter com as futuras gerações. Ela veio para o evento em um comboio de 37 pessoas distribuídas em duas canoas.
A representante da coordenação regional da Funai em Tabatinga, Meira Ruth, foi uma das colaboradoras do FIE. Ela explica a inserção de recursos que ajudaram a custear as despeas do festival.