O proprietário do grupo Odebrecht, Emílio Odebrecht, afirmou, em delação premiada, que o esquema de pagamento de propinas revelado pelos ex-executivos da empreiteira existe há 30 anos. Emílio Odebrecht ainda diz que todo mundo sabia desse esquema de corrupção.
Nos 950 depoimentos firmados com a Justiça, os 77 ex-funcionários da maior empreiteira do Brasil contam que pagavam, a pretexto de financiar campanhas eleitorais, propina para políticos e partidos. Em troca, esperavam conseguir aprovar medidas de interesse da empresa ou conseguir contratos e licitações com o poder público.
O herdeiro do grupo Odebrecht, Marcelo Odebrecht, em delação, diz que não existe político que não seja financiado por dinheiro de caixa 2.
Como o dinheiro de caixa 2 não é contabilizado pela Justiça eleitoral, o Ministério Público entende que não tem como provar que o recurso foi mesmo usado na campanha e que a prática consiste em oferecer e obter vantagem indevida. Os principais crimes, que em tese foram cometidos pelos investigados, são corrupção ativa, passiva e lavagem de dinheiro. Cada um pode render até 12 anos de prisão mais multa.
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