Denúncias de moradores levaram o Ministério Público de Roraima a formar uma comissão para verificar as condições de infraestrutura do Instituto Médico Legal do Estado. A inspeção foi feita sob a condução do promotor de justiça Carlos Paixão e da promotora de justiça e defesa da saúde Jeanne Sampaio. Os promotores observaram que cinco câmaras frigoríficas do IML nunca funcionaram, encontraram corpos na área externa do instituto e ossadas em caixas de papelão armazenados de forma inadequada.
Segundo o promotor Carlos Paixão é impossível que os servidores permaneçam no local. Falou também que o contato das moscas com os cadáveres podem comprometer as residências próximas e a saúde da população. Uma nota emitida pelo Governo de Roraima informa que após reunião com o MP o estado se comprometeu a instalar imediatamente transformador com capacidade de carga necessária para o funcionamento das câmaras mortuárias, enterro dos corpos mantidos em ambiente inadequado, funcionamento de mais duas câmaras, e reavaliar a insalubridade a qual os servidores estão expostos.
Ainda nesta edição do Repórter Amazônia saiba que o aumento da desigualdade social, fácil acesso a armas de fogo e crescimento da criminalidade violenta no interior do país são algumas das tendências para o Brasil nos próximos anos, de acordo com o estudo "A Segurança Pública no Brasil em 2023", divulgado nesta segunda-feira (23) pelo Ipea, Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada. O projeto, que começou em 2013, revela ainda que a circulação de drogas ilícitas deve aumentar, bem como o fortalecimento das facções criminosas. O estudo, de acordo com os idealizadores, pretende contribuir para o planejamento do Governo Federal na área da segurança pública. Para minimizar os problemas na segurança pública o projeto do Ipea recomenda, entre outros pontos, a elaboração de um plano nacional e um programa de prevenção a homicídios, maior controle das armas de fogo e reforma do sistema penitenciário.
O Repórter Amazônia é uma produção da equipe de Radiojornalismo da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), em parceria com a rede de rádios públicas da Amazônia. Vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 18h30, horário de Brasília.