Dos 54 homicídios mapeados pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi), pelo menos cinco deles estão diretamente relacionados a conflitos agrários. Como é o caso da liderança indígena Euzébio Ka’apor. Ele lutava contra a exploração de madeireiras clandestinas na Terra Indígena Alto Turiaçu, no Maranhão e foi assassinado a tiros.
Em 2015, apenas sete terras indígenas foram homologadas no país. Outro ponto destacado por ele é a forma como essa violência é praticada.
A situação mais grave foi no Mato Grosso do Sul, que registrou 36 mortes, a maioria de indígenas da etnia Guarani e Kaiowá. Chamou também atenção o registro do aumento de indígenas assassinados no Tocantins, seis casos,
Desde 2003, quase 900 indígenas foram assassinados. Os números podem ser ainda maiores, porque só a partir de 2014 o relatório tem os dados oficiais fornecidos pela Sesai.
Na Amazônia chama a atenção a questão da violência associada a danos ao meio ambiente.
Ao todo, dezenove formas de violências e violações praticadas contra os povos originários são detalhadas no documento.
Confira ainda, no Repórter Amazônia desta quinta-feira, 15: operação no Acre prende mais de 50 pessoas por suspeita de participação em ataques criminosos; mais de 2 mil professores que estão fora da sala de aula vão responder a processo administrativo. E mais: começou o Festival do Sairé, em Alter do Chão, no Pará.
O Repórter Amazônia é uma produção da Rede de Rádios Públicas da Amazônia e vai ao ar, de segunda a sexta-feira, às 18h30 pela Rádio Nacional da Amazônia.