Cade investiga se houve cartel em leilão da Hidrelétrica de Belo Monte

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) investiga a existência de um suposto cartel na licitação para a concessão da Usina Hidrelétrica de Belo Monte realizado em 2010. Também será investigado processo de contratação para a construção da usina, localizada no Rio Xingu, no Pará.

O inquérito é um desdobramento da Operação Lava Jato, a partir do acordo de leniência com a construtora Andrade Gutierrez e com executivos e ex-executivos da empresa, em setembro deste ano.

O acordo foi firmado com o Ministério Público Federal do Paraná por meio da força-tarefa da Lava Jato. As empresas inicialmente apontadas como participantes da provável conduta anticompetitiva são a Andrade Gutierrez Engenharia, a Camargo Corrêa e a Construtora Odebrecht, além de executivos e ex-executivos de alto escalão dessas empresas.

Segundo o Cade, os contatos entre os concorrentes teriam se iniciado em julho de 2009, com a divisão do grupo em dois consórcios. As empresas teriam feito alinhamentos, como da divisão de riscos, buscando um pacto para depois dividir a construção da usina entre elas, comportamento não esperado entre concorrentes.

De acordo com o Cade, os contatos anticompetitivos duraram até, pelo menos, julho de 2011, quando foram assinados os contratos para as obras de construção da usina hidrelétrica de Belo Monte.

A Norte Energia ainda não se manifestou sobre essa investigação.

O Repórter Amazônia desta quarta-feira (16) também destaca que a Medida Provisória do Ensino Médio é prorrogada por dois meses e após quase 100 dias, estudantes voltam às aulas no Tocantins.

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