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Câmara aprova nova proposta para reduzir maioridade penal, após manobra

A PEC aprovada prevê a redução para os crimes hediondos, além de

Após rejeitar a PEC da Maioridade Penal na terça-feira, os deputados amenizaram o texto e aprovaram uma nova proposta. Foram retirados o tráfico de drogas, o roubo qualificado e a lesão corporal grave da Proposta de Emenda a Constituição 171, que reduz a maioridade penal para 16 anos.

 

A PEC aprovada na madrugada de hoje prevê a redução apenas para os crimes hediondos - como sequestro, estupro e latrocínio - além de homicídio doloso, quando há intenção de matar e lesão corporal seguida de morte. A proposta alcançou 323 votos, 15 a mais do que os 308 necessários para aprovar uma emenda à Constituição.

 

Os parlamentares contrários à redução acusaram o presidente Eduardo Cunha de manobrar a Casa. O deputado do PSB fluminense, Glauber Braga, considerou a sessão um golpe.

 

Ouça debate sobre redução da maioridade penal

 

O líder do DEM, Mendonça Filho, de Pernambuco, saiu em defesa de Cunha e dos líderes que apoiaram a sessão.

 

Cunha argumentou que a votação está dentro do regimento e aconselhou a quem não concorda entrar com os recursos na Comissão de Constituição e Justiça da Casa e no Supremo Tribunal Federal.

 

Ao contrário da noite anterior, as galerias da Casa ficaram vazias. Por causa da confusão na votação de terça-feira – quando os manifestantes foram retirados pelos seguranças ao comemorarem a vitória parcial – Cunha não permitiu a entrada de manifestantes nessa quarta-feira.

 

A estudante Barbara Melo, que protestava do lado de fora do Plenário, reclamou da atitude do presidente da Casa.

 

O projeto ainda prevê que os jovens de 16 e 17 anos que cometam um dos crimes previstos na PEC fiquem separados dos adultos e que para isso, a União, os estados e os municípios, devem criar estabelecimentos para receber esses jovens.

 

A PEC ainda precisa ser aprovada em segundo turno na Câmara antes de ir ao Senado. O grupo de deputados contrários promete ir ao Supremo Tribunal Federal para barrar a votação.



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Criado em 02/07/2015 - 09:56 e atualizado em 02/07/2015 - 07:14