A primeira dama do Tocantins, Dulce Miranda, foi alvo da sexta fase da operação Ápia, da Polícia Federal, deflagrada para investigar corrupção passiva e lavagem de dinheiro em obras no estado.
Dulce é deputada federal pelo PMDB. Houve busca no gabinete dela, na Câmara dos Deputados, em Brasília, e também no gabinete do deputado Carlos Gaguim, do Podemos.
Segundo a polícia federal, os políticos fazem parte de um esquema que beneficiava construtoras, garantindo as contratações das empresas, de forma fraudulenta.
Em fases anteriores da operação, outros políticos como o próprio governador Marcelo Miranda também foram investigados.
A Operação Ápia foi deflagrada em outubro do ano passado para desarticular uma organização que atuou no Estado, fraudando licitações públicas e contratos para obras em rodovias estaduais, com valores que superaram os 850 milhões de reais
O esquema foi denunciado pelo empresário Rossyne Aires Guimarães, dono da construtora Rio Tocantins, em colaboração premiada com a Justiça.
Além de mandados em Brasília, houve cumprimento de ordens judiciais em Palmas e Araguaína, no Tocantins.
O chefe de gabinete do deputado Gaguim, Antônio Júnior, informou que o deputado foi levado para prestar depoimento nesta manhã. O parlamentar foi acusado pelo empresário Rossyne de receber dinheiro para financiamento de campanha em troca de favores políticos, mas o deputado alega que todo dinheiro recebido foi declarado.
A assessoria de Dulce Miranda ainda não retornou nossos contatos, nem o governo do Tocantins.
Nós não conseguimos contato com a Construtora Rio Tocantins.
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