O último grupo de agentes da Força Nacional deixou, nesta quarta-feira, o estado de Roraima. A saída da tropa ocorreu dias após fuga em massa de mais de 90 detentos da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, em Boa Vista.
A Força Nacional estava em Roraima há mais de um ano, após 33 presos terem sido assassinados dentro da mesma penitenciária de Monte Cristo. O episódio marcou uma série de mortes e rebeliões no sistema prisional brasileiro em janeiro de 2017.
De acordo com Ministério da Justiça e Segurança Pública, a operação da Força Nacional em Roraima expirou em 31 de dezembro e o estado não solicitou prorrogação.
O governo de Roraima informou que, inicialmente, mais de 100 agentes federais atuaram na segurança do sistema prisional do estado. Mas que, ao longo de 2017, o efetivo sofreu reduções e a atuação ficou restrita ao emprego de apenas duas viaturas.
Na última sexta-feira, mais de noventa presos fugiram da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, por um túnel que, segundo a Secretaria de Justiça e Cidadania do Estado, terminava a 50 metros de distância de onde deveria ter uma guarnição da Força Nacional.
A Polícia Civil abriu inquérito pra investigar os envolvidos, inclusive a omissão da Força Nacional, que era responsável pela segurança da área externa da unidade.
Em resposta, o Ministério da Justiça afirmou que a Força Nacional estava atuando em reforço aos órgãos estaduais e não para liberá-los de suas responsabilidades.
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