A violência contra ativistas rurais e líderes indígenas envolvidos em conflitos de terra é crescente, no Brasil, segundo relatório da Human Rights Watch, divulgado nesta quinta-feira (18).
Em 2016, 61 pessoas envolvidas em conflitos de terra foram mortas de forma violenta – o maior número anual desde 2003 – e, de janeiro a outubro de 2017, 64 foram mortas, de acordo com a Comissão Pastoral da Terra (CPT), órgão da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
O relatório cita a morte de nove trabalhadores rurais, em abril, no estado de Mato Grosso. Promotores afirmaram que um madeireiro ordenou os crimes para expulsá-los da terra.
Ainda de acordo com o documento, promotores também investigam denúncias de que garimpeiros mataram pelo menos 10 indígenas, em uma região remota da Amazônia, em agosto.
Segundo a ONG, alterações na legislação brasileira podem contribuir com essa violência e cita o exemplo de uma lei federal, aprovada em julho, que concedia títulos a pessoas que, de forma ilegal, ocupavam terras na Floresta Amazônica.
O relatório também avalia que a morte de 10 produtores rurais, em maio do ano passado, no Pará, foram resultado do mau uso da força policial.
E relata ainda a intensa migração de venezuelanos para o Brasil. Em 2016, a polícia federal registrou mais de 35 mil pedidos de refúgio desses estrangeiros.
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