Abençoado. Boas Novas, Vencedor, Princesinha, Rainha do Norte, a Super Máquina. Cada embarcação amazônida é única e tem um valor até mesmo sentimental. E se é tão importante, o nome do barco não pode ser gravado de qualquer jeito. É uma arte gráfica multicolorida. Um ofício batizado de “abrir letras” e que foi documentado pelo projeto Letras Que Flutuam, realizado no Pará. Os artistas e seus estilos foram documentados nas regiões de Santarém, Marajó, Foz do Tocantins e Belém. O projeto Letras que Flutuam é um dos oito ganhadores da edição de 2018 do Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Outros dois projetos do Pará saíram vencedores. Um deles é o projeto Circular Campina Cidade Velha, que foi criado depois do tombamento dos bairros na parte histórica de Belém, com a ideia de reunir artistas, produtores culturais, moradores e comerciantes para revalorizar os espaços.
O outro premiado é o projeto Oca, desenvolvido pelo Museu Paraense Emílio Goeldi, na cidade de Gurupá, onde os rios Amazonas e Xingu se encontram. O Oca tem recuperado escavações arqueológicas feitas no Forte de Gurupá. Os pesquisadores envolveram a comunidade no trabalho, com visitação de escolas, criação de material didático, registro de história oral, exposição e organização de biblioteca local.
A cerimônia de premiação do Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade será no Theatro da Paz, em Belém.
Ouça no player abaixo: