Com o reaproveitamento de resíduos e um olhar para o que a região oferece, o Laboratório de Óleos da Amazônia (LOA) realiza pesquisas inovadoras e traz como resultados, produtos ambientalmente mais responsáveis. Um exemplo é a produção de óleos como o de palma, de buriti e andiroba, por exemplo, bastante consumidos no estado do Pará.
O doutor em química e coordenador do LOA, Luís Adriano Santos, explica que, muito do que antes era considerado resíduo, a partir das pesquisas, torna-se algo de alto valor comercial.
No Brasil, o biodiesel é feito principalmente a partir da soja e pode ser produzido a partir de óleo bruto e do refinado. No Laboratório de Óleos da Amazônia, os pesquisadores têm reaproveitado também as cascas e amêndoas das oleaginosas mais usadas no estado.
Outra inovação do LOA é a pesquisa de catalisadores verdes. Luis Adriano explica que catalisadores aumentam a velocidade das reações químicas para obter qualquer tipo de produto. Mas muitas vezes os modelos tradicionais são corrosivos e muito agressivos ao meio ambiente, e geralmente geram um custo adicional, porque não são eliminados naturalmente e precisam ser neutralizados pela indústria, gerando mais custos. Os chamados catalisadores verdes, de acordo com Luís Adriano, são reaproveitamento de rejeitos. Alguns catalisadores verdes são feitos a partir do rejeito de minérios como o caulim e ainda de subprodutos da agroindústria, como cascas de sementes de frutas.
Para o pesquisador Luís Adriano, o grande motivador das pesquisas de sucesso do Laboratório é a transformação dos produtos e processos da própria Amazônia em riqueza para as populaçõs da região, mantendo a floresta em pé.
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