Até o dia 11 de fevereiro, dez pesquisadores fazem a primeira expedição que visa monitorar áreas alagáveis da Amazônia via satélite. Eles vão passar por Macapá e Santana, no Amapá, seguindo até Santarém e Óbidos, no Pará.
O grupo vai coletar dados de vazão, medir a declividade dos rios e perfis de linha de água, para validar os dados de satélites da Agência Espacial Francesa e da Nasa.
O engenheiro cartógrafo do Serviço Geológico do Brasil, Daniel Moreira, explica que os novos pontos de monitoramento serão implementados, principalmente, em áreas muito afastadas de centros urbanos e em regiões fora do território brasileiro.
Daniel Moreira está nessa primeira excursão. Nesta quinta-feira, ele falou com a reportagem e destacou que o trabalho tem como objetivo melhorar a vida de populações ribeirinhas, inclusive as que moram em áreas urbanas.
De acordo com o Serviço Geológico do Brasil, todos os anos as populações que vivem próximas às margens do Estuário Amazônico são afetadas por inundações. Estima-se que, atualmente, 30% dos habitantes de Macapá e da capital paraense, Belém, estejam expostos a eventos hidrológicos extremos, como as inundações.
O estudo vai utilizar dados de satélite pelos próximos cinco anos para monitorar a extensão das enchentes na bacia Amazônica.
O trabalho é desenvolvido pelo Serviço Geológico do Brasil e o Instituto de Pesquisa para o Desenvolvimento da França e conta com a colaboração de universidades brasileiras, entre elas, a Universidade Federal do Oeste do Pará.
Ouça o Repórter Nacional - Amazônia desta sexta-feira (31) 7h30: