Com a crise causada pela pandemia houve um aumento da pobreza e do desemprego, levando muitas pessoas em situação de vulnerabilidade social a ver o empreendedorismo como única opção para sobrevivência.
De acordo com dados do Ministério da Economia, entre 31 de março e 1º de agosto, foram registrados mais de 593 mil microempreendedores individuais (MEIs) e 85 mil micro e pequenas empresas em todo país.
Desta forma, o Sebrae Rio mantém a busca por soluções que possam apoiar os pequenos negócios fluminenses para que consigam superar a crise. Este mês, a instituição iniciou um programa de consultorias on-line para empreendedores de 16 favelas da região metropolitana do Rio, entre elas, Rocinha, Cidade de Deus, Rio das Pedras, Maré, Alemão, Chatuba, Mangueira e Terreirão. O analista do Sebrae Rio, Guilherme Allan dos Santos, fala do suporte que a instituição dá para esses empreendedores.
As consultorias serão on-line, utilizando, principalmente, o Whatsapp, para transmitir informações sobre empreendedorismo e habilidades de gestão. A expectativa da instituição é atender cerca de 3.200 empreendedores até dezembro. A moradora de Rio das Pedras, na zona oeste carioca, Lúcia Lima, mudou o ramo de negócio e passou a vender trufas, por meio das redes sociais. Com um salto financeiro de R$ 2 mil em 45 dias, ela conta como a ajuda do Sebrae foi decisiva para ela.
A principal dificuldade desses empreendedores tem sido a transição para o on-line. Marketing digital e meios de pagamento digitais, inclusive crédito e empréstimo, estão entre os temas mais procurados para as consultorias.
Ainda neste semestre, a instituição irá lançar uma série de talks para o público de favelas, além de um edital que irá selecionar 100 negócios localizados em comunidades para participar de um programa de aceleração totalmente gratuita.
Da Rádio Nacional, Tatiana Alves.